Metodologia dos Mapeamentos
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Metodologia do Mapeamento da Cobertura Florestal e Uso da Terra
Base de Dados
O projeto utilizou imagens de satélite Landsat-8 OLI (2017), modelos digitais de elevação (da SDS e da NASA – SRTM), o levantamento aerofotogramétrico de Santa Catarina (Santa Catarina, 2012), entre outros produtos. As imagens de satélite foram extraídas do USGS (https://earthexplorer.usgs.gov/), em tipo nível 2 (Level 2) com correções geométricas, radiométricas e atmosféricas da reflectância da superfície.
Dados auxiliares referentes à topografia (altitude, declividade e exposição à radiação) e ao clima na área de estudo (principalmente precipitação e temperatura) foram utilizados para melhorar a classificação dos diversos tipos de cobertura e uso da terra.
Os dados obtidos nas medições de campo do FlorestaSC compõem um valioso banco de informações sobre os recursos florestais e suas configurações espaciais. Esses dados foram utilizados na obtenção de informações de referência consistentes (“verdade de terreno”) para o treinamento e validação dos algoritmos de classificação automatizado das imagens de satélite.
Procedimentos
Os procedimentos metodológicos adotados estão apoiados em três principais categorias de produtos: produtos de SR, produtos auxiliares e informações de campo.
O conjunto de procedimentos, ilustrados no fluxograma abaixo, foi executado de forma independente nas 42 subdivisões (folhas) do território catarinense, visando contemplar idiossincrasias locais e regionais.
As imagens de satélite foram classificadas por meio do algoritmo Random Forest, resultando em um mapa composto por 12 classes temáticas, com área mínima mapeada de 0,5 hectares e acurácia global de 95%.
FLUXOGRAMA
Metodologia do Mapeamento da Restinga
Foram realizados dois mapeamentos de restinga:
1) Áreas potenciais de restinga – áreas potencialmente (ou originalmente) ocupadas por diferentes formações de restinga;
2) Áreas remanescentes de restinga – áreas remanescentes atuais de restinga, inseridas em áreas potenciais.
Áreas potenciais de restinga
Áreas potenciais foram estabelecidas através do cruzamento entre cinco atributos: altimetria (NASA – SRTM v.3), modelo de acumulação (IBGE, 2004, 2009), classificação do solo (EMBRAPA, 2004), relevo (CPRM, 2016) e subdomínio hidrogeológico (CPRM, 2007). Essas áreas foram classificadas em três níveis de probabilidade de ocorrência de restinga: muita alta, alta e de transição. A classificação se deu a partir do reconhecimento das características mais prováveis de cada atributo em áreas de restinga e da informação contida em cada polígono oriundo da intersecção entre os cinco atributos.
Áreas remanescentes de restinga
Os remanescentes da restinga foram mapeados através dos mesmos procedimentos aplicados às demais classes de uso da terra, conforme o fluxograma acima. O algoritmo Random Forest foi treinado e posteriormente validado com amostras de verdade de terreno das diversas subformações da restinga identificadas em imagens de alta resolução espacial (Santa Catarina, 2012; plataforma Google Earth), bem como em fotografias in loco do acervo do FlorestaSC e da ferramenta Google Street View. Nesse mapeamento, uma única classe temática denominada “Restinga” foi mapeada.